23/04/2007

O pensamento de John Stuart-Mill – Utilitarismo

John Stuart-Mill nasceu em 1806 em Londres, em plena fase de industrialização da Inglaterra, no dia 20 de Maio de 1806 e morreu em 1873 na cidade de Avinhão (França) a 8 de Maio.
Em 1859 é publicada a obra Sobre a liberdade e em 1863 Stuart-Mill publica a obra Utilitarismo.
O utilitarismo é o tipo mais conhecido da teoria consequencialista. O utilitarismo baseia-se na crença de que o objectivo de toda a actividade humana é (num dado sentido) a felicidade.
Um utilitarista define o bem como aquilo que é capaz de trazer maior felicidade global. Isto é, por vezes, conhecido como princípio da maior felicidade ou princípio da utilidade. Para um utilitarista, a boa acção pode ser calculada, em quaisquer circunstâncias, examinando as consequências prováveis de cada acção. Uma acção é considerada boa quando tem mais probabilidade de trazer maior felicidade nas circunstâncias em causa.
O utilitarismo tem de lidar com as consequências prováveis, porque normalmente é extremamente difícil, se não mesmo impossível, prever os resultados possíveis de cada acção.
Maximize-se a felicidade. Esta curta frase espelha toda a teoria defendida pelos utilitaristas. John Stuart-Mill é o mais famoso filósofo utilitarista. Na sua obra Utilitarismo desenvolve e aperfeiçoa a versão mais incipiente da teoria, que tinha sido proposta por Jeremy Bentham (1748 – 1842).
A felicidade, segundo Stuart-Mill, é procurada como um fim em si mesma, uma vez que o fim último de toda a actividade humana é a felicidade e tentar evitar a dor. Tudo o que é desejado é-o porque contribui para uma vida assim, feliz. Se alguém, por exemplo, apresentar argumentos contra Stuart-Mill, defendendo que procura a virtude como um fim em si mesma, independentemente de qualquer felicidade que dela possa derivar, Stuart-Mill responde que a virtude constitui, nesse caso, um dos ingredientes da sua vida feliz, tornando-se parte integrante da felicidade dessa pessoa.
O princípio da maior felicidade defende que o fim ou propósito de toda a vida humana é a procura da felicidade e tentar evitar a dor, as únicas coisas desejáveis enquanto fins, sendo que tudo o resto que se deseja desejável enquanto meio para atingir aqueles fins. Por utilidade Stuart-Mill entende aquilo que significa felicidade e não proveito. Se uma acção aumenta a utilidade, tal significa apenas que aumenta a felicidade.
Susana Lopes

Nenhum comentário: