23/04/2007

O pensamento de Newton.

Isaac Newton (1643-1727), cientista inglês, é reconhecido como físico e matemático. A obra mais importante do físico intitula-se Philosophiae naturalis principia mathematica (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) (1687), obra em que estão expostos os princípios fundamentais da Mecânica (são descritas as três leis do movimento, conhecidas como as Leis de Newton e onde é demonstrada a Lei da Gravitação Universal). Para além desta, Newton também publica Óptica (1704). Utilizando a experiência realizada anteriormente, com um prisma, Newton chegou à conclusão que a luz branca era decomposta pelas cores espectro. Essas cores, definidas como primárias, fundamentais ou originais, distinguiam-se pelo diferente ângulo de refracção dos respectivos raios.
Em relação à física de Newton, para chegar às três definições, o físico começou por distinguir dois conceitos: massa e peso. A massa representa a medida da quantidade de matéria que constitui um determinado objecto, enquanto o peso não é senão a força que a gravidade exerce sobre a massa do mesmo objecto. Quanto maior é a massa de um corpo, maior é a força necessária para modificar o seu movimento, quer para o acelerar, quer para o abrandar.
É importante referir que não foi Newton a iniciar o estudo das leis de gravidade. Um jovem astrónomo alemão, Johannes Kepler (1571-1630) estabeleceu de forma definitiva o modo como os planetas se movem à volta do Sol. Kepler herdou os registos do seu mestre, Tycho Brahe (1546-1601), astrónomo dinamarquês, que lhe permitiram enunciar as três leis que explicam o movimento planetário: Os planetas descrevem órbitas elípticas; a linha que liga um planeta ao Sol descreve áreas iguais em tempos iguais (lei das áreas); Os quadrados dos períodos de revolução são proporcionais aos cubos das distâncias médias do Sol aos planetas.
Em 1589, depois de um árduo estudo das posições dos planetas do sistema solar, o astrónomo elaborou as leis que representavam esses movimentos – são as chamadas leis de Kepler. Seguindo este raciocínio, Newton conseguiu elaborar a teoria que dizia que todos os corpos que possuíam massa sofreriam uma atracção mútua entre eles. É a Lei da Gravitação Universal, iniciada com Kepler e concluída com Newton.
Newton começa por elaborar as três leis que explicam vários dos resultados observados sobre o movimento dos objectos físicos. Assim, a primeira lei identifica-se com a lei da inércia: “cada corpo mantém o seu estado de repouso ou de movimento rectilíneo uniforme, excepto se for obrigado a mudar aquele estado por forças externas”. A segunda é a lei do princípio fundamental da mecânica: “a alteração de movimento é proporcional à força motriz imprimida e dá-se ao longo da linha recta segundo a qual a força foi imprimida”. E a terceira é a lei da acção e reacção: “a cada acção corresponde uma reacção igual e contrária”. (leis descritas em, Stefani, Marta; História da Ciência e da Tecnologia – A Revolução Científica, volume 21, Hiperlivro, Matosinhos, 2002, pág. 83).
A partir da formulação destas leis, e seguindo o raciocínio de Galileu e Kepler, Newton parte para o encontro da quarta lei: A Lei da Gravitação Universal. Com esta lei, Newton explica a importância da gravidade, sendo que esta é a força de atracção mútua que os corpos materiais exercem uns sobre os outros. Com esta Lei, Newton explica o movimento dos planetas à volta do Sol, bem como de qualquer movimento da queda de corpos na Terra.
Dizem que Newton chegou à formulação desta lei quando, na contemplação da Lua, foi interrompido pela queda de uma maçã da árvore. Ao reflectir sobre o que tinha acabado de acontecer, e comparando a Lua com a maçã, o físico chegou à formulação da lei da gravitação universal.
Newton chega à conclusão que todos os corpos dotados de massa se atraem reciprocamente. A gravidade é uma força atractiva que varia não só com a distância, mas também com o quadrado da distância. Na análise do movimento dos outros planetas, Newton verifica que a força também se exerce desta maneira. A gravidade é universal, ela está presente em toda a matéria existente.
A força segundo a qual dois corpos se atraem é igual ao produto das suas massas, dividido pelo quadrado da distância entre eles multiplicado por uma constante, chamada constante de gravitação universal. O nosso peso é o resultado desta força.
Lurdes Santos

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